quinta-feira, 23 de abril de 2009

Entre pranchas e paetês - Saiba os segredos de beleza de Raquel Zimmermann



Ela surfa e toca guitarra. Anda de skate e não resiste a um bom churrasco. Mas, entre uma coisa e outra, Raquel Zimmermann é também a atual modelo número um do mundo

Cabelos ressecados e joelho esfolado ela não tem. Mas Raquel Zimmer­mann, 25, jura que sabe se equilibrar no skate e que as aulas de surf que pra­tica há dois anos já foram suficientes para conseguir dropar pequenas ondas so­zinha. “De­­pois que le­vei um tombo e quebrei o pulso andando de skate, decidi mudar de esporte, já que na água não tenho chance de quebrar a cara”, diverte-se a mo­delo nú­me­ro um do mundo.

Com 1,80 metro de altura, loira e linda, ela acha que o que vale mesmo é a beleza interior. É queridi­nha de marcas como Marc Jacobs e Animale e, no entanto, o que a dei­xa encantada é saber que faz aniversário no mesmo dia que Sigmund Freud.

Enquanto conta, empolgada, que sua referência de moda é a roqueira americana Patti Smi­th, a gaú­cha mistura o inglês com o português e interrom­pe frases por não lembrar as pa­la­vras, resultado dos no­ve anos vividos em No­va York, onde mora desde o início da carreira.

Modelo desde os 15 anos, Raquel não perdeu a dis­crição, refletida na postura retraída que traz desde a adolescência. Nes­­sa época, estava longe de causar frisson aon­­de chegasse, como acontece atualmen­te. “Quando vou a um museu, por exem­plo, me visto mas­­cu­li­na­mente: cabelo preso, ca­miseta e tênis, pa­ra não chamar a atenção”, confessa.
Ela nem parece o mesmo mulherão dos editoriais de moda quando fala sobre a vida e os apertos que pas­sa uma menina que calça 41, como ela, para conseguir os sapa­tos dos seus sonhos. “É uma tristeza achar al­gum do meu número. Nunca poderia ser a Cin­derela. Só po­de­ria ser a irmã bruxa de­la”, brinca. “Vai ver é por is­so que gosto de usar botas de motoqueiro. A gente tem que saber se adaptar.”
Raquel acredita que, procurando bem, todo mundo encontra a sua própria beleza.

Como você é às seis da manhã? Sou mal-humorada. Tem dias, antes de sair para um trabalho, que olho no es­pelho e penso: “Nossa, o que eles estavam pensando quando me chamaram?”. Mas, depois de um café, volto e penso que, se me contrataram, é porque alguma coisa de bom devo ter [risos].

É chato ser bonita?
Chato não é. É uma graça de Deus. Mas não é tudo. Pa­rece estranho falar que o que importa é a beleza interior e, no fim, es­tou lá, vendendo que você precisa ser ma­gra e maravilhosa. Mas acho que isso não dura, sabe? A pessoa que vo­cê ama, por exemplo, só vai continuar con­tigo se você for legal, independentemente de você ser bonita.

Entre nascer linda e burra ou ser horrível e inteli­gen­te, escolheria o quê?
Ser bo­ni­ta é bom, mas nascer uma Eins­­tein seria incrível! Só de saber que o Freud fazia ani­versário no mesmo dia que eu, já fi­quei superfeliz. Imagina então ser uma Eins­tein?

Ainda é bom ouvir elogios?
Não vou dizer que não. Mas sem­pre bate o jeito da Ra­quel intro­ver­tida: “Vo­cê acha mesmo?”.


1. De olho
“A mulher tem de saber quais as coisas que a ajudam em uma maquiagem. Gosto de usar curvex para deixar meus olhos mais abertos. O da Nars é muito bom”

2. Sem encanações
“Nos desfiles da Victoria’s Secret, eu tinha que usar lingerie. Mas nunca tive problemas com isso, não tenho encanações com o meu corpo”

3. Ajudinha
“Gosto de um look mais natural, mas é cla­ro que esse natural é conseguido com uma ajudinha. O blush e o rímel da Shiseido são excelentes”

Fonte: TPM

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