Ela surfa e toca guitarra. Anda de skate e não resiste a um bom churrasco. Mas, entre uma coisa e outra, Raquel Zimmermann é também a atual modelo número um do mundo
Cabelos ressecados e joelho esfolado ela não tem. Mas Raquel Zimmermann, 25, jura que sabe se equilibrar no skate e que as aulas de surf que pratica há dois anos já foram suficientes para conseguir dropar pequenas ondas sozinha. “Depois que levei um tombo e quebrei o pulso andando de skate, decidi mudar de esporte, já que na água não tenho chance de quebrar a cara”, diverte-se a modelo número um do mundo.
Com 1,80 metro de altura, loira e linda, ela acha que o que vale mesmo é a beleza interior. É queridinha de marcas como Marc Jacobs e Animale e, no entanto, o que a deixa encantada é saber que faz aniversário no mesmo dia que Sigmund Freud.
Enquanto conta, empolgada, que sua referência de moda é a roqueira americana Patti Smith, a gaúcha mistura o inglês com o português e interrompe frases por não lembrar as palavras, resultado dos nove anos vividos em Nova York, onde mora desde o início da carreira.
Modelo desde os 15 anos, Raquel não perdeu a discrição, refletida na postura retraída que traz desde a adolescência. Nessa época, estava longe de causar frisson aonde chegasse, como acontece atualmente. “Quando vou a um museu, por exemplo, me visto masculinamente: cabelo preso, camiseta e tênis, para não chamar a atenção”, confessa.
Ela nem parece o mesmo mulherão dos editoriais de moda quando fala sobre a vida e os apertos que passa uma menina que calça 41, como ela, para conseguir os sapatos dos seus sonhos. “É uma tristeza achar algum do meu número. Nunca poderia ser a Cinderela. Só poderia ser a irmã bruxa dela”, brinca. “Vai ver é por isso que gosto de usar botas de motoqueiro. A gente tem que saber se adaptar.”
Raquel acredita que, procurando bem, todo mundo encontra a sua própria beleza.
Como você é às seis da manhã? Sou mal-humorada. Tem dias, antes de sair para um trabalho, que olho no espelho e penso: “Nossa, o que eles estavam pensando quando me chamaram?”. Mas, depois de um café, volto e penso que, se me contrataram, é porque alguma coisa de bom devo ter [risos].
É chato ser bonita? Chato não é. É uma graça de Deus. Mas não é tudo. Parece estranho falar que o que importa é a beleza interior e, no fim, estou lá, vendendo que você precisa ser magra e maravilhosa. Mas acho que isso não dura, sabe? A pessoa que você ama, por exemplo, só vai continuar contigo se você for legal, independentemente de você ser bonita.
Entre nascer linda e burra ou ser horrível e inteligente, escolheria o quê? Ser bonita é bom, mas nascer uma Einstein seria incrível! Só de saber que o Freud fazia aniversário no mesmo dia que eu, já fiquei superfeliz. Imagina então ser uma Einstein?
Ainda é bom ouvir elogios? Não vou dizer que não. Mas sempre bate o jeito da Raquel introvertida: “Você acha mesmo?”.
1. De olho
“A mulher tem de saber quais as coisas que a ajudam em uma maquiagem. Gosto de usar curvex para deixar meus olhos mais abertos. O da Nars é muito bom”
2. Sem encanações
“Nos desfiles da Victoria’s Secret, eu tinha que usar lingerie. Mas nunca tive problemas com isso, não tenho encanações com o meu corpo”
3. Ajudinha
“Gosto de um look mais natural, mas é claro que esse natural é conseguido com uma ajudinha. O blush e o rímel da Shiseido são excelentes”
Fonte: TPM
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